História de Manga

Fundada em , a cidade que faz parte da microrregião de Januária, na mesorregião do Norte de Minas, Manga tem um total de 1949.69 km², com uma população de 18886 habitantes, divididos entre o distrito-sede, e o distrito de Nhandutiba, sendo um município região de influência de Montes Claros - Capital Regional B (2B), fazendo divisa com os municípios de , sendo os nascentes na cidade chamados de manguense.

Manga-MG

Fundada em , a cidade que faz parte da microrregião de Januária, na mesorregião do Vale do Rio Doce, Manga tem um total de 1949.69 km², com uma população de 18886 habitantes, divididos entre o distrito-sede, e o distrito de Nhandutiba, sendo um município região de influência de Montes Claros - Capital Regional B (2B), fazendo divisa com os municípios de , sendo os nascentes na cidade chamados de manguense.

História de Manga

O município de Manga está localizado no Norte de Minas Gerais, à margem esquerda do Rio São Francisco, de onde se avista uma das mais belas paisagens mineiras do Velho Chico.

Situa-se na região aonde chegaram bandeiras de Antônio Figueiras, Januário Carneiro e Matias Cardoso no XVII, que foram responsáveis pela exploração neste período.

Na ocupação da área, os bandeirantes enfrentaram os índios, habitantes originais do local, pertencentes às Tribos Coroados, Vermelhos, Xakriabás, Gamelas, Rodelas, Tapuias e outras etnias.

Foram inúmeros confrontos e - somente após muitas lutas, emboscadas e mortes - a maior parte desses índios deixaram suas terras, partindo em direção a Goiás. Alguns foram feitos escravos pelos bandeirantes. Segundo registros, aproximadamente 700 deles permaneceram em posse do bandeirante Antônio Figueiras, que passou a comandar a expedição. Com o passar do tempo, entretanto, a preferência pela mão-de-obra africana vai deixando no esquecimento o indígena.

Com a expulsão dos índios e o desbravamento das bandeiras, os bandeirantes fundaram as primeiras arraias, iniciando o domínio da região, onde o ouro e as pedras preciosas abundavam. O arraial onde Antônio Figueiras instalou-se ganhou o nome de São Caetano do Japoré e, em uma de suas imediações, instalou o primeiro engenho de rapadura em 1694, numa área própria ao cultivo da cana-de-açúcar.

Antes da fundação da Capitania de Minas Gerais, a região desse arraial, assim como toda a margem esquerda do Rio São Francisco, até o Bispado de Diamantina, pertencia ao território de Pernambuco; e, a margem à direita na porção norte, fazia parte da Bahia. Com a criação da capitania de Minas Gerais, o arraial passou a ser distrito de Januária, emancipando-se politicamente em 1891.

No arraial de São Caetano do Japoré, havia um porto fluvial às margens do Rio São Francisco. Em seus arredores tinham muitas pastagens, onde ficavam os gados da raça Vacum, criados pelos exploradores e habitantes. Por causa desses pastos, o local ficou conhecido como Mangas. Esse foi o principal motivo para dar nome à cidade.

O lugarejo de Manga, em virtude dos grandes pastos existentes, teve rápido desenvolvimento, como um entreposto comercial que servia as localidades vizinhas. Ganhou maior destaque ainda com a construção do primeiro templo católico da região. Era uma igrejinha branca, construída por jesuítas no final do século XVIII e início do XIX. Teve como padroeiro Santo Antonio, por isso a igreja ficou conhecida como Igreja de Santo Antônio de Manga. Ela serviu também como marco para a primeira ocupação do povoado de Mangas. Porém, há controvérsia em relação à data precisa e nome do responsável pela sua fundação. Mas, em alguns relatos, dá esses créditos a um padre jesuíta, conhecido como Bueno.

O cachorro era o animal que mais acompanhavam os bandeirantes em suas façanhas mato à dentro. À medida que embarcavam rumo a outros destinos, os desbravadores os deixavam com os habitantes locais. Por causa da grande quantidade de cães, o local passou a ser chamado também Manga dos Cachorros. E, aproximadamente um quilômetro dali, existia o curral de Amador Machado, que era utilizado para criação de gado e que depois foi também chamado de Manga do Amador.

Não há maiores referências, mas o local onde hoje é a cidade de Manga começou a se desenvolver, com a doação de terrenos feita pela fazendeira Dona Gertrudes a Santo Antônio e São Sebastião. O povoado passou a ser conhecido como São Caetano de Manga. Dessa forma, esse aglomerado formou o novo arraial de Januária. Segundo relatos, nos tempos coloniais o novo arraial de São Caetano de Manga tivera bons prédios, em um traçado topográfico regular até os dias atuais no distrito sede de Manga.

A emancipação político-administrativa de Manga se deu em 19 de outubro de 1924, através da Lei nº 843, de 07 setembro de 1923.

Foram responsáveis pelo processo de emancipação três pernambucanos fixados em Manga, Domiciano Pastor Filho, o Coronel Bembém; João Alves Pereira; e Anfrísio Gonzaga Lima, primeiro presidente da Câmara Municipal e prefeito. Nas décadas seguintes, Manga experimentou um dos mais significativos processos de desenvolvimento. Destacou-se tanto para os aspectos econômicos, dado o crescimento do lugar impulsionado pela Cia. Manga Industrial e Exportadora S/A, como pela visibilidade política, promovida pelos coronéis Bembém e João Pereira.

O ciclo de domínio econômico-político daqueles coronéis permaneceu até 1958, quando - em tumultuada eleição - perderam o poder para Antônio Lopo Montalvão, neto de Joaquim Lopo Montalvão, patriarca de uma das primeiras famílias a se fixar em Manga. A partir daí, Manga passa por outros importantes processos de ordenamentos políticos e econômicos. Os coronéis Bembém e João Pereira não retornariam mais ao poder. Vários grupos políticos digladiaram - período após período - pela liderança política. No aspecto econômico, com a decadência da produção de algodão no Brasil, a Cia. Manga Industrial e Exportadora S/A perde o seu papel de principal geradora de riquezas.

Em termos sociais, a mistura de povos de tantas origens diferentes, caracteriza Manga como um dos símbolos do que é o Norte de Minas e, por conseguinte, o Brasil. Culturas distintas produziram, neste lugar, uma sociedade que no eterno presente projeta o amanhã, sem - no entanto - se desvincular do seu passado, que ainda está para ser explorado.

Pela LEI nº 2.056, de 07/01/1960 foram criados diversos Subdistritos no Município de Manga, algo bastante incomum em Minas Gerais, embora não seja usada essa hoje.

O 1º Subdistrito, com sede em Manga e 2º Subdistrito, com sede em Japorina (ex-Pratinha).

O Distrito de São Sebastião de Poções fica desdobrado em três (3) subdistritos.

O 1º Subdistrito, com sede em São Sebastião de Poções, 2º Subdistrito, com sede em Montalvânia e 3º Subdistrito, com sede em Pitarana que hoje é distrito, (ex-São Gonçalo).

O distrito de Nhandutiba fica desdobrado em cinco (5) subdistritos.

O 1º Subdistrito, com sede em Nhandutiba, 2º Subdistrito, com sede em Sizenina (ex-riacho Novo), 3º Subdistrito, com sede em Monte Rei (ex-Estreito), 4º Subdistrito, com sede em Juvenília (ex-Bom Sucesso) e o 5º Subdistrito, com sede em Alto Bonito

O distrito de Matias Cardoso fica desdobrado em 4 (quatro) subdistritos.

1º Subdistrito, com sede em Matias Cardoso, 2º Subdistrito, com sede em Gado Bravo (Distrito de Rio Verde de Minas em Matias Cardoso), 3º Subdistrito, com sede em Jaibênia (ex-Terra Fofa), e 4º Subdistrito, com sede em Naturama (ex-Serrania),

Origem do Nome

Formação administrativa

Pelo Decreto de 14 de Julho de 1832: Art. 5º A Parochia de Morrinhos fica limitada às apllicações de morrinhos, dos geraes do Solobro, e ao Curato de S. Caetano de Japoré (Manga), o qual dividir-se-ha com a freguzia de Salgado pelo Riacho de Missão, desde a sua confluência no rio de S. Francisco, até a suas cabeceiras, e destas em rumo direito para o norte, até tocaras margens do Rio Carunhanha.

Lei nº 50, de 08/04/1836: § 15 - O Curato do Japoré, que é desmembrado da Freguesia de Morrinhos (Matias Cardoso), à Freguesia de Nossa Senhora do Amparo do Brejo do Salgado (Januária).

Distrito criado com a denominação São Caetano do Japoré, pela Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Januária.

Elevado à categoria de município com a denominação de Manga, pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923, desmembrado de Januária. Sede no antigo distrito de São Caetano do Japoré. Constituído de 3 distritos: Manga (ex-São Caetano do Japoré), Japoré e Matias Cardoso (Morrinhos), o primeiro criado pela mesma lei do município o segundo adquirido do município de Januária. Instalado em 19-10-1924.

Pela Lei Estadual nº 921, de 24-12-1926, é criado o distrito de Inhumas (ex-povoado), e anexado ao município de Manga.

Em 1926 a sede do distrito de Japoré, do município de Manga, fica transferida do povoado de São Caetano para o de Inhama (Inhumas).

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 3 distritos: Manga, Inhumas e Matias Cardoso.

Pelo Decreto Estadual nº 148, de 17, de 12-1938, é criado o distrito de São Sebastião dos Poções, com terras desmembradas do distrito de Inhumas, e anexado ao município de Manga.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Inhumas tomou o nome Nhandutiba.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 4 distritos: Manga, Nhandutiba, Matias Cardoso e São Sebastião dos Poções.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Manga o distrito de São Sebastião dos Poções, para formar o novo município de Montalvânia. Pela mesma lei estadual foram criados os distritos de Juvenília, Miravânia e Monterei e anexados ao município de Manga.

Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6 distritos: Manga, Juvenília, Matias Cardoso, Miravânia, Monterei e Nhandutiba.

Pela lei (não se sabe qual) o município de Manga adquiriu do município de Montalvânia o distrito de Porto Agrário.

Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 7 distritos: Manga, Juvenília, Matias Cardoso, Miravânia, Monterei, Nhandutiba e Porto Agrário.

Pela Lei Estadual nº 10704, de 27-04-1992, desmembra do município de Manga o distrito de Matias Cardoso. Elevado á categoria de município.

Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 6 distritos: Manga, Juvenília, Miravânia, Monterei, Nhandutiba e Porto Agrário.

Pela Lei Estadual nº 12030, 21-12-1995, desmembra do município de Manga os distritos de Juvenilia, Monterei e Porto Agrário, para formar o novo município de Juvenilia. E, ainda pela mesma lei estadual desmembra do município de Manga o distrito de Miravânia. Elevado á categoria de município.

Bandeira e Brasão da Cidade de Manga

Geografia

População [2022]: 18886 (IBGE)

Densidade Demográfica [2021]: 9.69 hab./km² (IBGE)

Área Total: 1949.69 km² (FJP)

Área Urbanizada [2019]: 5.78 km² (IBGE)

Divisas:

População

Distrito Criação População % População
Manga 16488 hab. 87.30%
Nhandutiba 1923 2398 hab. 12.70%
- - 18886 hab. -

Território

Distrito Área Densidade % Área
Manga 1104.11 km² 14.93 hab/km² 56.63%
Nhandutiba 845.58 km² 2.84 hab/km² 43.37%
- 1949.69 km² 9.69 hab/km² -

Aspectos Naturais

Clima:

Índice Médio Pluviométrico Anual:

Hidrografia:

Bioma: Cerrado

Vegetação:

Fauna:

Relevo:

Altitude: Máxima:

Economia

Agropecuária:

Extrativismo:

Indústria:

Comércio e Serviços:

Impostômetro | Arrecadação de Impostos 2019 a 2022:

2019: 2020: 2021: 2022:

Mais Dados:

PIB per capita [2020] R$
Receitas de Fontes Externas [2015] %
Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2021] 1,7 salários mínimos
Pessoal Ocupado [2021] 9.944 pessoas
População Ocupada [2021] 19,68%
Mortalidade Infantil [2020] 4,84 óbitos por mil nascidos vivos
Internações por diarreia [2016] 1,1 internações por mil habitantes

Educação

Escolas Estaduais:

Escolas Municipal:

Escolarização de 6 a 14 anos [2010]
IDEB – Anos iniciais do E.F [2021]
IDEB – Anos finais do E.F [2021]
Matrículas no E.F [2021]
Matrículas no E. Médio [2021]
Docentes no E.F [2021]
Docentes no E. Médio [2021]
Escolas: E.F [2021]
Escolas: E. Médio [2021]

Cultura

Datas comemorativas

Dezembro - Dia da Emancipação Política do Município

Relação de Bens Protegidos pelo Município, pela União ou pelo Estado

Folias de Minas (Proteção Estadual)
Violas de Minas (Proteção Estadual)

Patrimônio Cultural

Turismo

Turismo Histórico-Cultural:

Ecoturismo:

Turismo Rural:

Turismo de Esportes:

Turismo de Negócios:

Turismo Gastronômico:

Turismo Religioso:

Esporte

Futebol: Campeonato Municipal

Futsal:

Ciclismo:

Atletismo:

Esportes Radicais:

Bairros, Distritos e Comunidades Rurais

Distritos de Manga

Atualmente são 2 distritos, Manga (distrito-sede) e Nhandutiba.

1. Manga

O distrito-sede de Manga tem uma área de 1104.11 km² dos 1949.69 km², ou seja, 56.63% do território.

Mapa do Distrito de Manga

2. Nhandutiba

O distrito de Nhandutiba tem uma área de 845.58 km², ou seja, 43.37% do território, a lei de criação do distrito é a Lei Estadual Nº 1.039 de 12/12/1953 (Lei Estadual nº 843 de 7/9/1923).

Mapa do Distrito de Nhandutiba

Comunidades Rurais

Comunidades Quilombolas

Mapa da Cidade de Manga

Tempo na Cidade de Manga

Fontes:

IBGE, Fundação João Pinheiro, Site da Prefeitura de Manga, Iepha, Cefedes, Wikipédia, Minas, Emater.