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História de Salto da Divisa

Fundada em 12 de outubro de 1811, e Emancipada em 27 de dezembro de 1948, a cidade que faz parte da microrregião de Almenara, na mesorregião do Jequitinhonha, Salto da Divisa tem um total de 939,83 km², sendo um município da região de influência Eunápolis, fazendo divisa com os municípios de Jordânia, Jacinto, Santa Maria do Salto, Guaratinga (BA), Itagimirim (BA) e Itarantim (BA), sendo os nascentes na cidade chamados de saltense.

Salto da Divisa-MG

Fundada em 12 de outubro de 1811, e Emancipada em 27 de dezembro de 1948, a cidade que faz parte da microrregião de Almenara, na mesorregião do Jequitinhonha, Salto da Divisa tem um total de 939,83 km², sendo um município da região de influência Eunápolis, fazendo divisa com os municípios de Jordânia, Jacinto, Santa Maria do Salto, Guaratinga (BA), Itagimirim (BA) e Itarantim (BA), sendo os nascentes na cidade chamados de saltense.

História de Salto da Divisa

A região do município foi pisada pelos primeiros brancos entre 1550 e 1600, quando várias bandeiras e alguns aventureiros dispersos, oriundos da Bahia, mais uma vez penetraram o território que depois veio a constituir-se na Capitania das Minas.

Contudo, só muito tempo depois se fixaram os primitivos moradores, dando-se isto por volta de 1808, quando já intensa era a navegação do Rio Grande de Belmonte (hoje Jequitinhonha) com tráfego de víveres, viajantes, entre os quais muitos contrabandistas do diamante e do ouro; exatamente para coibir esse abuso, o Governo da Província da Bahia fez instalar um posto policial com um destacamento baiano na localidade que se denominou Quartel do Salto.

Em torno desse quartel, surgiu o primeiro povoado, pois não sendo navegável o Rio Grande de Belmonte (Jequitinhonha) nas suas vizinhanças, o transporte de canoas, mercadorias e viajantes era feito margeando-se o curso do rio, por terra, o que tornava aquele quartel posto obrigatório de pernoite.

Apenas criado o quartel, as forças baianas o abandonaram, indo ocupar outra localidade, a um dia de viagem por canoa, rio abaixo.

Em 1911, um destacamento mineiro, comandado pelo alferes Julião, veio ocupar o quartel. Algumas fontes dão esses alferes como o fundador do povoado, enquanto outras afirmam já existir o povoado quando ele ali chegou.

Com a sua ocupação por autoridades mineiras, o quartel e o povoado ficaram administrativamente ligados a Minas através da vila de Minas Novas (1811).

Em 1870, o povoado passou a integrar o município de Araçuaí, até que em 1913 passou a fazer parte do município de Jequitinhonha, então criado. Posteriormente, pertenceu ainda aos municípios de Almenara e de Jacinto, até que recebeu sua independência administrativa, em 1948.

Coronelismo

Segundo um estudo, 70% das terras de Salto da Divisa estão nas mãos de duas famílias (porém esse número pode ser muito maior, pois se levou em consideração o sobrenome do dono), Pimenta e Cunha Peixoto, sendo esse último hegemônico na política da cidade.

Segundo os moradores essa quantidade de terra foi obtida com base na violência, onde os moradores eram obrigados a vender suas terras na zona rural, quando não o faziam eram vítimas de ameaças, violência e até morte.

Em 2015 a antiga Fazenda Monte Cristo, com um terreno de 1,3 mil hectares localizado no município de Salto da Divisa, foi assentando diversas famílias, após um processo onde se percebeu que as terras não cumpriam a sua função social. A fazenda pertencia a propriedade da Fundação Tinô da Cunha, que tinha como função inicial manter o único hospital na cidade.

30 a 40 anos atrás só o coronel Tinô da Cunha e a dona Inhá Pimenta tinham 366 famílias agregadas em uma fazenda de 19 mil hectares.

Após um longo processo de resgate, sob pressão da luta pela terra, o Governo de Minas regularizou a fazenda Manga do Gustavo (terras devolutas da união), que foi área ocupada pelo Acampamento Dom Luciano Mendes.

A cidade conta ainda com os Assentamentos Dom Luciano Mendes e Irmã Geraldinha, e a Comunidade Quilombola Braço Forte.

Barragem de Itapebi

Outro triste fato na história da cidade é da barragem de Barragem de Itapebi (que atinge três municípios baianos: Itapebi, Itagimirim e Itarantim) Em 1997 a população conseguiu através de uma reunião pública que a câmera voltasse proposta, sancionada pelo prefeito, declarando como “área de Paisagem Natural Notável”, a cachoeira do Tombo da Fumaça e adjacências, para evitar a sua destruição pela barragem, dozes meses depois foi revogada pelo prefeito que apoiou a mesma.

Em 1999 deputados estaduais votaram para transformar o lugar em cachoeira do Tombo da Fumaça em “patrimônio paisagístico e turístico do Estado”, porém após lobby das empreiteiras a lei também foi revogada

Além da inundação do patrimônio, pescadores, lavadeiras e extratores de pedra e areia foram extremamente prejudicados. As construções da cidade eram feitas com matérias do rio, que acabou, as lavadeiras tiravam seu sustento do mesmo lugar, embora a empresa responsável tenha feito uma lavanderia, foi um serviço porco, com pias de plástico com 30 centímetros, no caso dos pescadores, os peixes simplesmente sumiram. Para quem dependia do consumo da água houve aumento de doenças relacionadas à qualidade da água, uma vez que o esgoto que cai no rio fica parado, ao invés de se misturar na água corrente, e se limpar.

Os moradores foram reassentados no novo bairro, Vila União, porém em pouco tempo as moradias apresentaram problemas estruturais como rachaduras, goteiras etc, além da dificuldade de subsistência, uma vez que viviam da agricultura, e não tem aptidão para outra profissão.

cachoeiras do Tombo da Fumaça, importante referencial histórico e paisagístico da cidade e do Estado de Minas Gerais

Origem do Nome

O topônimo lhe foi dado em razão de estar junto ao ″salto ″ a queda de água de maior importância no rio Jequitinhonha e exatamente na divisa das duas capitanias; daí, ″Quartel do Salto″ primeiro, ″Salto Grande″ depois e, finalmente, ″Salto da Divisa″.

Formação administrativa

Distrito criado com a denominação de Salto Grande, pela Lei Provincial nº 1860, de 12-10-1871, e Lei Estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de São Miguel de Jequitinhonha.

Pela Lei Estadual nº 622, de 18-09-1914, o município de São Miguel de Jequitinhonha tomou o nome de Vila Jequitinhonha.

Pela Lei Estadual nº 843, de 07-09-1923, o município de Vila Jequitinhonha passou a chamar-se simplesmente Jequitinhonha.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 58, 12-01-1938, o distrito de Salto Grande foi transferido do município de Jequitinhonha para o novo município de Vigia.

Pelo Decreto-Lei Estadual nº 1058, de 31-12-1943, o distrito de Salto Grande tomou o nome de Salto da Divisa e o município de Vigia a chamar-se Almenara. Pelo mesmo decreto-lei acima citado o distrito de Salto da Divisa (ex-Salto Grande), foi transferido do município de Almenara (ex-Vigia), para constituir o novo município de Jacinto.

Elevado à categoria de município com a denominação de Salto da Divisa, pela Lei Estadual nº 336, de 27-12-1948, desmembrado de Jacinto. Sede no antigo distrito de Salto da Divisa. Constituído de 2 distritos: Salto da Divisa e Santa Maria do Salto (ex-povoado de Santa Maria), criado com terras desmembradas do distrito de Salto da Divisa e aparte da Bacia de Ribeirão Areia e anexado ao município de Salto da Divisa. Instalado em 01-01-1949.

Pela Lei Estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Salto da Divisa o distrito de Santa Maria do Salto, elevado à categoria de município.

Bandeira e Brasão

Geografia

População

Pelo censo do IBGE de 2010, o município contabilizava 6859 habitantes, já no censo de 2022, 6110 habitantes, uma queda de -10,92%%, com uma densidade demográfica de 6.50 hab./km²

Aspectos Naturais

Clima: semiárido

Bioma: Mata Atlântica

Altitude: 173

Temperatura: Máxima anual: °C | Mínima anual: °C

Índice Médio Pluviométrico Anual:

Relevo:

Hidrografia:

Economia

Produto Interno Bruto

Agropecuária: 11.428.139 R$

Indústria: 6.205.647 R$

Serviços: 26.007.383 R$

A cidade conta com uma planta da Grafite, empresa que produz produtos a partir do grafite nas áreas de Agricultura, Polímeros, Lubrificantes, Refratários, Metalurgia, Peças e Componentes e Energia Portátil (não existe informações sobre os produtos feitos na planta local).

Planta da Grafite em Salto da Divisa
PIB per capita 14.582,70 R$ [2020]
Receitas de Fontes Externas 91,2 % [2015]
IDHM 0,608 [2010]

Educação

Escolarização de 6 a 14 anos 97,4 % [2010]
IDEB – Anos iniciais do E.F 4,6 [2021]
IDEB – Anos finais do E.F 4,0 [2021]
Matrículas no E.F 894 matrículas [2021]
Matrículas no E. Médio 283 matrículas [2021]
Docentes no E.F 51 docentes [2021]
Docentes no E. Médio 20 docentes [2021]
Escolas: E.F 4 escolas [2021]
Escolas: E. Médio 1 escolas [2021]

Cultura & Turismo

Datas Comemorativas, Festas tradicionais e Festivais

12 de Outubro - Dia da Emancipação Política do Município

Relação de Bens Protegidos pelo Município, pela União ou pelo Estado

Conj Paisag. das Cachoeiras do Tombo da Fumaça
Conj Paisag. da bacia do rio Jequitinhonha (Proteção Estadual)
Roda de Capoeira e/ou Ofício de Mestre da Capoeira (Proteção Federal)
Violas de Minas (Proteção Estadual)
Folias de Minas (Proteção Estadual)

Bairros, Distritos e Comunidades Rurais

Distritos de Salto da Divisa

Atualmente existe apenas 1 distrito, Salto da Divisa (distrito-sede).

Salto da Divisa

Comunidades Rurais

Algumas delas são:

Mapa da Cidade de Salto da Divisa

Tempo na Cidade de Salto da Divisa

Distâncias

Distância Entre Salto da Divisa e Belo Horizonte:

Distância Entre Salto da Divisa e Teófilo Otoni:

Distância Entre Salto da Divisa e Almenara:

Distância Entre Salto da Divisa e Araçuaí:

Distância Entre Salto da Divisa e Capelinha:

Distância Entre Salto da Divisa e Diamantina:

Distância Entre Salto da Divisa e Pedra Azul:

Fonte: IBGE

Fonte: Fundação João Pinheiro

Fonte: Site da Prefeitura de Salto da Divisa

Fonte: Iepha

Fonte: Desafios do licenciamento ambiental de usinas hidrelétricas: um estudo de caso da UHE Itapebi