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Comunidade Quilombola Cama Alta

Comunidade Quilombola Cama Alta é uma comunidade localizada na Zona Rural do distrito de Bias Fortes no município de Teófilo Otoni, Vale do Mucuri, Minas Gerais.

História da Comunidade Quilombola Cama Alta

Origem do Nome:

O nome “Cama Alta” teria origem na presença expressiva de onças na área, o que obrigava os moradores a construírem suas camas em locais elevados para proteção.

Localização: A comunidade de Cama Alta está localizada a 45 km de Teófilo Otoni, próxima ao povoado de Brejão, no distrito de Crispim Jaques, no Vale do Mucuri, região nordeste de Minas Gerais. Em 2010, Cama Alta contava com cerca de 113 habitantes.

Origem e Formação

De acordo com relatos dos mais velhos, como Miguelina, Horácio, Joana e Sebastiana, o primeiro a chegar na região, no início do século XX, foi Miguel, também conhecido como “velho capixaba”. Ele teria adquirido um pedaço de terra de outro proprietário, porém sem documento formal de compra.

Posteriormente, por volta de 1915, Manoel Pereira de Sá e seu filho Júlio Pereira de Sá migraram da região de Salinas, no norte de Minas Gerais, fugindo da seca. Segundo Horácio Pereira Barbosa, neto de Manoel e filho de Júlio, ao chegarem à região, abriram posse na mata e construíram suas casas.

Modos de Vida

As memórias dos moradores mais velhos indicam que, embora no passado houvesse mais fartura graças à regularidade das chuvas e à fertilidade da terra, atualmente a produção agrícola é menos abundante. Antigamente, a comunidade cultivava uma variedade de produtos como arroz, feijão, café, milho e mandioca, além de possuir uma fábrica de farinha, um engenho de cana e produzir utensílios de barro.

As lembranças dos mais velhos sobre o passado, a partir do presente, concordam ao constatarem que “antes havia mais fartura, mas não tinha muitas facilidades”: em virtude da regularidade das chuvas, nos períodos específicos para cada plantio, a terra era “boa”, por isso propiciava a plantação de uma variedade de produtos (arroz, feijão, café, bananeira, abobreira, milho, mandioca, entre outros), o que já não mais acontece na atualidade. Havia ainda uma “fabrica” de farinha, um “engenho” de moer cana e o feitio de panelas de barro e de outros utensílios.

Assim como outras comunidades é práticada a agricultura de subsistência com pequenas roças – arroz, milho, café, amendoim – e da criação de animais.

Naquela época, as crianças, os jovens “ajudavam na roça, no entanto hoje não demonstram interesse”. Logo, a insuficiente produção de alimentos pela própria comunidade faz com que a maioria das famílias compre em pequenos mercados no povoado de Brejão, a preços superfaturados e incompatíveis com a renda que circula no interior dessas famílias.

Posse e Transmissão da Terra

Assim como em São Julião, a apropriação inicial da terra em Cama Alta se deu por posse. Nas três comunidades – Cama Alta, São Julião e Córrego Novo – as terras foram transmitidas aos descendentes dos fundadores via herança, mantendo o vínculo com a terra ao longo das gerações.

Turismo e Cultura:

Economia

Mapa da Comunidade Quilombola Cama Alta

Lista de Povoados e Comunidades de Bias Fortes

Localidade Distância de TO Categoria
Bias Fortes (sede distrital) Povoados
Brejão 55 km Povoados
Volta Bala 70 km Comunidades
São Paulino 55 km Comunidades
Córrego Do Ouro Comunidades
Córrego Santanhinha Comunidades
Córrego Barreiro Comunidades
Córrego São Francisco Comunidades
Córrego São Bento Comunidades
São Pedro Comunidades
Comunidade Chapadinha Comunidades
São Roque Comunidades
Volta Bala Comunidades
Córrego Carrapato Comunidades
Fontes: