Aécio Ferreira da Cunha
Aécio Cunha, como era mais conhecido, faleceu em Belo Horizonte em decorrência de insuficiência hepática. Nasceu em Teófilo Otoni (MG), em 4 de janeiro de 1927, filho de Tristão Ferreira da Cunha e de Júlia Versiani Ferreira da Cunha, foi casado em primeiras núpcias com Inês Maria Neves da Cunha, filha de Tancredo de Almeida Neves.
Aécio Ferreira da Cunha
Aécio Cunha, como era mais conhecido, faleceu em Belo Horizonte em decorrência de insuficiência hepática. Nasceu em Teófilo Otoni (MG), em 4 de janeiro de 1927, filho de Tristão Ferreira da Cunha e de Júlia Versiani Ferreira da Cunha, foi casado em primeiras núpcias com Inês Maria Neves da Cunha, filha de Tancredo de Almeida Neves.
Estudou na Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, pela qual se tornou bacharel em 1950.
Conviveu desde cedo na vida política, sucedendo a seu pai, Tristão da Cunha, do Partido Republicano Mineiro – PRM, que em 1943, foi um dos signatários do Manifesto dos Mineiros, documento que circulou como carta aberta à população brasileira, pedindo a restauração da democracia e fim do estado novo, assinado por 92 personalidades liberais mineiras. A forte reação de Getúlio Vargas alcançou Tristão da Cunha, que foi exonerado de sua cátedra de alemão do Colégio Pedro II, na qual ingressara por concurso público e esteve detido em prisão domiciliar.
Sobre Tristão da Cunha, Tancredo Neves declarou: “Ele fez oposição num dos períodos de maior opressão da nossa história, o que antecedeu a implantação do Estado Novo, e durante sua vigência. Revelou, nesta fase heróica de sua vida, sua coragem pessoal, feita de serena altivez, sem bravatas e sem demagogia, não fugia dos riscos nem temia os poderosos. Conheceu, pelo desassombro de suas atitudes, as hostilidades do arbítrio e as perseguições odientas da prepotência. Mas a tudo resistiu”.
Com essa orientação familiar, Aécio Cunha foi membro atuante do Partido Republicano - PR e da Aliança Renovadora nacional - ARENA, nesta tendo sido, em 1979, presidente da Comissão Executiva Estadual e do Diretório Regional de Minas Gerais. Em seguida, filiou-se ao Partido Democrático Social - PDS, de cujo diretório estadual foi presidente.
Elegeu-se deputado estadual para a 3ª legislatura (1955-1959) e reelegeuse para a 4ª (1959-1963). Foi também deputado federal da 5ª à 9ª legislaturas (1963-1983). Ainda foi reeleito para o período 1983-1987.
Estudioso dos problemas econômicos e sociais, na Câmara dos Deputados, atuou como membro das Comissões de Educação e Cultura, Defesa do Consumidor, Orçamento (1971), de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas (1971), de Minas e Energia (1974-1975; 1979) e de Ciência e Tecnologia (1979).
Ao término de seu oitavo mandato legislativo, em 1986, Aécio Cunha foi candidato a vice-governador de Minas Gerais.
Em 1988, foi nomeado ministro do Tribunal de Contas da União pelo presidente José Sarney, mas, por razões pessoais, declinou do cargo, numa atitude surpreendente, pela importância da função, mas muito elogiada pela dignidade moral do gesto.
Na presidência de Itamar Franco, Aécio Cunha foi nomeado presidente do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Posteriormente foi conselheiro de Furnas Centrais Elétricas e foi também conselheiro da Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), onde permaneceu até seu falecimento.
Sucedeu-lhe na política o filho Aécio Neves da Cunha, ex-Deputado Federal por quatro mandatos, ex-presidente da Câmara dos Deputados e exgovernador de Minas Gerais por dois mandatos, agora eleito Senador da República por Minas Gerais, liderança que vem marcando a política nacional com administração arrojada e propostas de grande aceitação da população.
Deixa os filhos Aécio, Andréia e Ângela e a viúva Sônia, de segundas núpcias.
Fontes:
https://legis.senado.leg.br/sdleg-getter/documento?dm=1586494&disposition=inline