Brejaúba
A Comunidade Brejaúba está localizada no município de Ladainha, fazendo parte do distrito sede de Ladainha, tendo a sua história ligada a Estrada de Ferro Bahia Minas.
Brejaúba
A Comunidade Brejaúba está localizada no município de Ladainha, no distrito sede de Ladainha.
Origem do Nome: A brejaúba é uma palmeira nativa do Brasil, encontrada principalmente no Cerrado e em áreas de transição para a Caatinga e Mata Atlântica, teve e tem relevância para as comunidades humanas, suas folhas são usadas na cobertura de casas rurais, funcionando como excelente material para telhados tradicionais.
Essa palmeira apresenta espinhos longos e rígidos em seu tronco e folhas, característica que ajuda a protegê-la contra animais herbívoros. Suas folhas grandes e pinadas formam uma copa vistosa, e os cachos de frutos amadurecem em tons escuros, sendo bastante apreciados pela fauna local. Diversas espécies de pássaros, roedores e até porcos-do-mato se alimentam de seus frutos, contribuindo para a dispersão das sementes.
História da Brejaúba
Localizada entre Novo Cruzeiro e Ladainha, a comunidade de Brejaúba foi fundada em 1924 em função da Estrada de Ferro Bahia Minas, e funcionava como Estação, além de Sala do Telégrafo.
A comunidade conta com a Antiga Estação, EFBM Caixa D'àgua, Escola, Igreja dedicada a Santa Luzia, Além de estar inserida na Rota Ciclistica Bahia Minas. No passado a comunidade vendia a madeira da floresta local para a estação, além da agricultura familiar.
Estrada de Ferro Bahia Minas no Município
A Baiminas, como ficou conhecida, transportava principalmente cereais, café e madeira, e foi responsável pela fundação e desenvolvimento de muitas cidades e vilas por onde sua malha passava. Seus quase 600km ligaram o Jequitinhonha ao Atlântico, de Araçuaí a Ponta de Areia - porto que recebia navios da costa do Sudeste.
Jaime Gomes, autor de “Um trem passou em minha vida”, destacou que “milhares de pessoas se deslocaram para aquela região. Montaram engenhos, serrarias e olarias; fundaram vilas, povoados e até cidades. Parte do Sul baiano e do Nordeste mineiro prosperaram, milagrosamente”. O avanço econômico é mostrado em números. De 1935 a 1944, por exemplo, o volume nos vagões de carga passou de 76.874 toneladas para 174.161 toneladas (aumento de 126%). O total de passageiros subiu em escala maior num período menor, de 51,3 mil pessoas em 1935 para 373 mil homens e mulheres em 1940 (acréscimo de 627%).
| Estação | Criação | KM | Altitude |
| Icary ou Icaraí | (1918) | 430 |
| Ladainha | (1918) | 440 | 449 m |
| Brejaúba | (1924) | 462 | 681 m |
Museu da Estação Brejaúba
Galeria de Imagens
Sala do Telégrafo: Na década de 1930, muitas estações ferroviárias possuíam salas dedicadas ao telégrafo, pois essa era a principal tecnologia de comunicação rápida e confiável a longa distância. O sistema funcionava com o uso do código Morse, uma linguagem de pontos e traços transmitida por pulsos elétricos. O operador utilizava uma chave telegráfica, uma espécie de interruptor metálico, para enviar os sinais, que eram captados em outra estação por meio de um receptor. No início, esses sinais eram impressos em fitas de papel, mas, com a experiência, os operadores passaram a reconhecê-los apenas pelo som característico — o famoso “ti-ti-ta-ta”.
Esse funcionário tinha prestígio, pois dominava uma linguagem codificada que poucos conheciam. Além de coordenar a circulação dos trens — informando sobre atrasos, acidentes e cruzamentos de linhas —, o telégrafo também atendia ao público. Era comum que moradores das cidades fossem até a estação para enviar telegramas, tornando o local um ponto de contato entre a ferrovia e a comunidade.
Os postes telegráficos eram parte fundamental desse sistema. Feitos geralmente de madeira, ficavam alinhados ao longo dos trilhos, sustentando fios paralelos que se estendiam por quilômetros. Esses fios eram presos por isoladores de porcelana ou vidro, que impediam a perda de corrente elétrica. A imagem dos postes acompanhando a ferrovia tornou-se um elemento marcante da paisagem da época. Quem viajava de trem nos anos 1930 estava acostumado a ver, pela janela, a fileira interminável de postes e fios correndo lado a lado com os trilhos, simbolizando o elo entre as cidades e a modernidade da comunicação elétrica.
Contexto Histórico da Região
Em 1877 surge a região Sete Posses, após a doação da sesmaria a Jacinto Mendes, em 1894, 17 anos depois, é criado a Vila de Sete Posses, distrito de Teófilo Otoni., porém perdeu a sua sede para Concórdia.
Segundo Frei Samuel Tetteroo, Concórdia foi criado pela Lei n. 47 de 12 de maio de 1894, passando a denominar-se "Concórdia" em virtude da Lei Municipal n. 22, de 20 de janeiro de 1902, denominação que lhe veio de uma celebração de paz entre partidos políticos da localidade, a qual paz também possibilitou, enfim, instalar o distrito no dia 10 de abril de 1902.
Estação Ladainha
Ao distrito de Concórdia pertence a povoação da Estação Ladainha da E. F. Bahia e Minas, a qual foi inaugurada no dia 26 de dezembro de 1918.
Esta povoação, que neste ano de 1922 foi indicada para local das oficinas dessa estrada de ferro, começou em 1914 com o abarracamento e o escritório do prolongamento da referida estrada de ferro de Teófilo Otoni a Tremedal. Foram os principais impulsionadores do progresso da povoação os Srs. Irmãos Tourinho, principalmente os Srs. Teodorico e Afonso, sucessivamente administradores gerais das obras no prolongamento, como também o Sr. Cel. José Ribeiro de Oliveira, o principal construtor de casas nesta povoação.
Fim de Concórdia
Quase três decádas mais tarde é criado o distrito de Ladainha em 1929, ainda parte de Teófilo Otoni, o povoado que surgiu entre 1914 e 1915, em função da Estrada de Ferro Bahia Minas, sendo a Vila Concórdia rebaixada a povoado.
No fim de 1938 passa a fazer parte do município de Poté, poís Ladainha foi transferida de Teófilo Otoni, até que também no final de 1948, 10 anos mais tarde, Ladainha passa a município, e após cinco anos, Concórdia passa a distrito como Concórdia do Mucuri em 1953.
Geografia
Hidrografia:
Escola: Escola Municipal Sebastião Pereira Campos (@escola.m.s.p.c)
Distrito: Sede
População Urbana e Rural
| Distrito | População | Pop. Urbana | Pop. Rural |
|---|---|---|---|
| Ladainha | 9.967 (69.30%) | 4.043 (40.56%) | 5.924 (59.44%) |
| Concórdia de Mucuri | 4.416 (30.70%) | 623 (14.11%) | 3.793 (85.89%) |
| Total | 14.383 hab | 4.666 (32.44%) | 9.717 (67.56%) |
| Distritos | 4.416 (30,70%) | 623 (13,35%) | 3.793 (39,03%) |
Território
| Distrito | Área | Densidade | % Área |
|---|---|---|---|
| Ladainha | 649,29 km² | 15,35 hab/km² | 74,75% |
| Concórdia de Mucuri | 219,33 km² | 20,13 hab/km² | 25,25% |
| Total | 868,62 km² | 16,55 hab/km² | 100,00% |
| Distritos | 219,33 km² | 20,10 hab/km². | 25,25 % |
População x Domicílio
| Distrito | Domicílios | População | Pessoas por Domicílios |
|---|---|---|---|
| Ladainha | 4.385 (70,17%) | 9.967 hab. | 2,27 |
| Concórdia de Mucuri (1953) | 1.864 (29,83%) | 4.416 hab. | 2,37 |
| Total | 6.249 | 14.375 hab. | 2,30 |
| Distritos | 1.864 (29,83%) | 4.408 (30,66%) | 2,36 |
Mapa da Brejaúba
Lista de Povoados e Comunidades de
| Localidade | Localidade |
|---|
Fontes
IBGE
Fundação João Pinheiro
Iepha