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Bairro Filadélfia

Bairro Filadélfia

O Bairro Filadélfia faz parte da Zona Oeste de Teófilo Otoni, fazendo divisa com os bairros de Vila Progresso, Vila Barreiros, Frei Júlio, Solidariedade, Dr. Laerte Laender e Nossa Senhora dos Pobres.

Origem do Nome: O primeiro nome foi Alegria, devido a fazenda de mesmo nome, depois passou a ser Nova Filadélfia em menção ao primeiro nome do Município.

Pela Lei nº 2.814, sancionada em 01/07/87, de autoria do Vereador Paulo Portugal, o Bairro Alegria passou a ser chamado de Laerte Laender (a região do Filadélfia, Laerte Laender e Marajoara fizeram parte do loteamento Alegria).

História

Os bairros Palmeiras, São Diogo, Jardim das Acácias, Laerte Laender, Filadélfia, e região do Aeroporto Kemil Kumaira (antigo JK), tem uma origem em comum, e elas remetem a Alberto Laender.

Alberto Laender

Nascido em 1867, filho de um imigrante de origem alemã, proveniente de Colmar que é uma cidade na região de Grand Est do nordeste de França, perto da fronteira com a Alemanha, chegaram em Teófilo Otoni (na época Filadélfia), por volta de 1856.

Fazendas

Alberto Laender foi proprietário das fazendas Alegria e São Diogo, fazendeiro e cafeicultor, foi pioneiro na produção de Cacau. Suas fazendas tinham extensão da Estação Ferroviária, Bahia e Minas, até a região ainda rural, onde hoje está localizado os bairros Palmeiras, São Diogo, Jardim das Acácias, Laerte Laender, Filadélfia (antigo Alegria).

Alberto, se aproveitou da sua localização para adquirir uma máquina de beneficiamento de café, que utilizava água do córrego São Diogo para girar as engrenagens do maquinário. Foi um dos fundadores da Companhia Força e Luz Epaminondas Otoni, primeira concessionária de energia de Teófilo Otoni.

Urbanização

O processo de urbanização dos bairros já citados se deu por intermédio dos seus descendentes.

Sede da Antiga Fazenda São Diogo, Casarão da Cultura/Secretaria Municipal de Cultura/Biblioteca Pública Municipal Benjamim da Cunha

História da construção A construção do bairro Filadélfia começou no final da década de 1970, mais precisamente em 1968, segundo relatos dos moradores.

Construção do Bairro Alegria

Financiamento

Esse projeto foi financiado pelo Banco Nacional da Habitação (BNH). A maior parte das unidades habitacionais foi inicialmente adquirida por banqueiros, embora os moradores não saibam informar o valor exato pago na época. Eles mencionam que as parcelas eram numerosas, facilitando assim a aquisição das casas. A prioridade inicial do projeto foi construir as moradias, seguidas pela pavimentação e a instalação de serviços de água e esgoto.

Casas antes (anos 1970) e depois (2016)

Loteamento Da CENTRAB

Em 17 de setembro de 1975, Lei Ordinária nº 1.608, foi assinado com a Cooperativa Habitacional Filadélfia, um termo de convênio para execução de serviços de infra-estrutura, de acordo com o original enviado à Câmara. O local é hoje a "AV. Perimetral". A região por lei passaria a se chamar "Nova" Filadélfia pela Lei Ordinária nº 1.762, de 19 de agosto de 1977, o que não ocorreu.

Obras

As condições iniciais das casas não foram ideais. As ruas não eram pavimentadas e, conforme as pesquisas, o calçamento começou dois anos após a entrega das casas, inicialmente apenas na rua principal. O bairro era de difícil acesso e perigoso.

Para chegar ao centro da cidade, era necessário atravessar ruas pantanosas e lidar com a violência na região, o que tornava o acesso ainda mais difícil. Esse era um problema comum dos programas de financiamento habitacional da época, que geralmente construíam conjuntos habitacionais em áreas afastadas do centro e com transporte público insuficiente.

As casas no bairro Filadélfia não tinham energia elétrica nem abastecimento público de água. O abastecimento de água era feito por duas caixas d'água, alimentadas por caminhões-pipa, e, em algumas situações, os moradores buscavam água em uma lagoa local.

Com o tempo, o que antes era uma área distante do centro da cidade, tornou-se mais acessível devido à expansão da área central e ao desenvolvimento dos meios de transporte. O bairro, que era considerado violento pelos moradores na década de 1970, atualmente não é mais associado a essa característica.

Mesma vista antes (anos 1970) e depois (2017)

Nos últimos 49 anos, desde o início das obras, o bairro passou por diversas transformações. Algumas casas mantêm sua arquitetura original, mas ao comparar fotos antigas com a aparência atual do bairro, é possível notar mudanças significativas, como a construção de muros ao redor das propriedades, reformas nas fachadas, adição de mais andares e outras expansões, além da troca de pisos e telhados.

Também se observa a demolição de algumas casas para a construção de estabelecimentos comerciais, como mercearias, farmácias e igrejas. O bairro, que anteriormente tinha poucas árvores e não era pavimentado, agora é uma área arborizada e pavimentada. Apesar das mudanças, ainda é possível identificar um padrão na arquitetura do bairro.

Vista do Local Via Drone

Mapa do Bairro Filadélfia

Bairro Filadélfia

CEP Logradouro
39803-188 Avenida Ione Lewick
39803-179 Avenida Perimetral
39803-178 Avenida Professora Ione Lewick
39803-194 Rua A
39803-175 Rua Araguaia
39803-186 Rua Arlindo Pereira
39803-193 Rua Carijós
39803-177 Rua Castanheiras
39803-192 Rua Cláudio Teixeira Barbosa
39803-180 Rua Dona Mundinha
39803-182 Rua Francisco Mendes Anchieta
39803-190 Rua Frederico Flávio Rhis
39803-191 Rua Jequitinhonha
39803-184 Rua Júlio Bramante
39803-176 Rua Tamoios
39803-189 Rua Tupis
39803-195 Rua Ubirajaras
Fonte:

LEITE, Carolina Gonçalves; MATOS, Henrique Tanure Bernardino; SOARES, Lorena Petzold; SOUZA, Sarah dos Anjos. Metamorfose urbanística e arquitetônica. O caso do conjunto habitacional do bairro Filadélfia em Teófilo Otoni MG. Minha Cidade, São Paulo, ano 18, n. 210.02, Vitruvius, jan. 2018 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/18.210/6833>.