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Bairro Grão Pará

A Chácara Grão Pará começou com Dr. Vital Soriano de Souza, e sua esposa Etelvina Esteves Ottoni, filha do escravagista, e Capitão da Guarda Nacional, Leonardo Esteves Ottoni, ela foi casada com o primeiro promotor de justiça de Teófilo Otoni, o Dr. Vital Soriano.

Bairro Grão Pará

O Bairro Grão Pará faz parte da Zona Norte de Teófilo Otoni, fazendo divisa com os bairros de Fátima, Bela Vista, Novo Horizonte, Jardim Iracema, Centro e São Francisco.

Origem do Nome:No sul do país foi criado em 1882, a "Colônia Grão Pará", que recebeu imigrantes europeus não lusitanos, onde hoje é a cidade de "Grão-Pará", porém o termo surge em 1616 com a Capitania do Grão-Pará e depois Província do Grão-Pará, sendo também um título de nobreza brasileiro.

Infraestrutura

O Bairro Grão-Pará está localizado em uma área bastante privilegiada, podendo ser passagem entre vários bairros, com escolas privadas, posto de saúde, vários comércios, como açougue, supermercado, clínicas médicas, centros de beleza, locação de máquinas, barraca de lanches, distribuidora de bebidas, escola de aprendizado de idiomas, loja de calçados, além da praça de esporte, local de lazer com pista de skate, duas quadras, e uma área externa ampla.

Escolas/Faculdades Escola Semear, FENORD (Fundação Educacional Nordeste Mineiro), COOPED (Cooperativa Educacional de Teófilo Otoni), Escola Técnica Egídio José da Silva e Sabrina's ESL Space

Alimentação Sorveteria e Pizzaria Fruitkero, Don Juarez Cervejaria, Rock Me Hamburgueria e Play Park.

Saúde e Estética Posto de Saúde, academias, clínica de estética, veterinária, salões de cabelo masculino e feminino, particulares de exames, fisioterapia, etc., e a Secretaria Regional de Educação.

História do Bairro Grão Pará

Chácara Grão Pará

A Chácara Grão Pará começou com Dr. Vital Soriano de Souza, e sua esposa Etelvina Esteves Ottoni, filha do escravagista, e Capitão da Guarda Nacional, Leonardo Esteves Ottoni, ela foi casada com o primeiro promotor de justiça de Teófilo Otoni, o Dr. Vital Soriano.

Após a morte do marido, trabalhou com a plantação de frutas para venda, e produção leiteira para o sustento da família. Ela teve 10 filhos, sendo a chácara loteada pelo Dr. José Soriano de Souza, com permissão da família, após ele retornar para a cidade com sua mulher e filhos.

Loteamento da Chácara Grão Pará

Os terrenos do loteamento foram vendidos a preço baixo, sendo que a maioria dos habitantes fora descendente de alemães, exemplo disso é que a localidade foi por muito tempo chamada de “Bairro dos Alemães”, e locais como a Praça de Esporte, fruto de doação.

Casamentos Entre a Elite Local

Essa família ajuda a entender os casamentos nesse período, onde as pessoas de famílias tradicionais e/ou ricas tendiam a ser casar com pessoas iguais.

Todas as irmãs de Etelvina, filhas de um dos mais influentes fazendeiros da nossa história (que era primo de Teófilo Benedito Ottoni), se casaram com doutores, e a maiorias das suas filhas, se casaram muito bem, com doutores e políticos locais, e muitas se tornaram professoras, a maior profissão que uma mulher poderia ter naquele momento. Jair Ottoni Soriano, por exemplo, estudou no colégio Mineiro (hoje Cemig), que era exclusivo para a elite local.

Colégio São Francisco

Criação do Colégio São Francisco

Durante um encontro entre Frei Dimas e Dr. Reinaldo Ottoni Porto, surgiu a ideia da criação de uma escola, e para conseguir realizar o feito, foi criado um livro de ouro, sendo uma espécie de caderno personalizado para arrecadação de fundos.

Para se obter os valores para tal, foi doado por parte do Sr. Sebastião Ramos, um fazendeiro e comerciante, que também por diversas vezes foi vereador, 5 contos de réis para construção, sendo que o mesmo doou para a criação da Igreja de Fátima.

Colégio São Francisco, Teófilo Otoni (1956) Fonte: Teófilo Otoni Notícias (2023). |

Na obra 1808, Laurentino Gomes faz uma conversão de réis em Real (seguindo a inflação), sugerindo uma conversão aproximada onde 1 Conto de Réis (Mil mirreis) equivale a R$ 123.000,00, ou seja, a doação atualmente seria equivalente a mais ou menos 650 mil reais.

Para conseguir o restante dos valores, Dona Hilda Versiani Porto, filha do engenheiro Pedro Versiani, e esposa do Dr. Lourenço Ottoni Porto, organizou diversos eventos, tais como festas, teatros etc.

Após a fundação em 1929, funcionou como internato feminino, administrado por freiras holandesas franciscanas, atendendo meninas de diversos cidades da região.

E já iniciada as aulas, ainda era necessário a documentação, Dr. Reinaldo Ottoni Porto, após receber por parte das irmãs franciscanas a relação de alunas, e outras devidas informações, se utilizando dos seus contatos, entregou seu amigo, sobrinho do Presidente do Estado de Minas Gerais (o que seria hoje o governador), Dr, Jaques Maciel, sendo regularizada por decreto pelo Presidente Olegário Maciel.

Irmã Maria Amália

A figura referida como "Irmã Maria Amália" era uma freira holandesa que desempenhou um papel crucial na fundação do Colégio São Francisco, que mais tarde se tornaria o edifício que abriga a atual FENORD. Ela chegou a Teófilo Otoni com outras freiras holandesas, incluindo as irmãs Guilhermina, Aniceta e Lambertina, em uma missão missionária.

Estas freiras deixaran a Holanda para se estabelecerem em uma cidade desprovida de calçamento, sem conhecimento da língua portuguesa e enfrentando inúmeros desafios. Foram acolhidas pela família do Dr. Teodolino Pereira e pelo Frei Dimas, que também tinha raízes holandesas.

A Irmã Maria Amália assumiu a direção do Colégio São Francisco, que recebia alunas de Teófilo Otoni e cidades vizinhas, oferecendo tanto internato quanto externato. Ela era conhecida por sua firmeza em questões disciplinares, mas também valorizava profundamente a formação completa das alunas, cuidando de sua educação cívica e religiosa. Além disso, ela era uma mestra e professora em diversas disciplinas, abrangendo desde matemática e ciências até psicologia, música e canto.

Para além de seu papel como educadora, a Irmã Maria Amália deixou uma impressão duradoura na cultura do nordeste de Minas Gerais, influenciando a educação e os valores da região. Sua memória é reverenciada com uma estátua na entrada do edifício da FENORD, perpetuando seu legado como educadora e sua contribuição para a cidade de Teófilo Otoni. Ela é recordada como uma figura proeminente na história da educação regional e um importante símbolo cultural.

| Por:

Igrejas Luteranas

A origem da CETO, Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Teófilo Otoni, está estreitamente relacionada à chegada de imigrantes alemães à região a partir de 1856. Theophilo Benedito Otoni, o fundador da cidade, empreendeu uma extensa campanha de divulgação em jornais na Alemanha, incentivando a migração de grupos de famílias agricultoras para o, chamada na época de Colônia de Filadélfia, atualmente conhecida como Teófilo Otoni.

2º templo da CETO, depredado em 1942

Em 29 de maio de 1862, marcou-se a celebração do primeiro culto evangélico-luterano em Teófilo Otoni, com a chegada do Pastor Johann Leonhardt Hollerbach, que ocorreu na residência do Diretor da Companhia de Colonização. Apenas dez dias depois, em 9 de junho do mesmo ano, o primeiro templo foi oficialmente inaugurado. Em 1868, um segundo templo foi construído na atual Praça Germânica, localizado no coração da cidade. Infelizmente, este segundo templo sofreu danos sendo saqueado durante a 2ª Guerra Mundial.

2º templo da CETO, depredado em 1942 | Imagem dos anos de 1920. Fonte: Museu Virtual Vale do Mucuri

3º templo da CETO, construído em 1953

CETO (Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Teófilo Otoni) - Igreja Evangélica Martin Luther, vinculada à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)

O Pastor Johann Leonhardt Hollerbach dedicou-se à comunidade de Teófilo Otoni até o ano de 1899, quando veio a falecer. Foi somente em 6 de setembro de 1953 que a atual Igreja Martin Luther, ou seja, a terceira igreja, foi inaugurada, encontrando-se agora na Rua Capitão Leonardo, 217, Grão Pará.

A divisão interna entre luteranos fez surgir, em 1933, a Comunidade Evangélica, construindo o seu templo à Rua Pastor Hollerbach, inicialmente apenas o prédio direito existia.

Obras Públicas No Bairro Grão Pará

Wander Lister, prefeito entre 1977 a 1982, contribuiu em muito para a infraestrutura do município, muitos dizem até que, a população não vê a maioria das obras, pois em sua maioria estão abaixo do solo, como uma galeria que sai do Grão Pará, indo até o centro de choferes, cabendo nela um veículo de passeio.

Vista do Local Via Drone

Mapa do Bairro Grão Pará

Bairro Grão Pará

CEP Logradouro
39800-167 Praça do Líbano
39800-169 Rua Antônio Mendes de Souza
39800-153 Rua Benedito Oliveira - até 258/259
39800-165 Rua Camilo Prates Sobrinho
39800-144 Rua Capitão Leonardo
39800-162 Rua Dois
39800-159 Rua Domingos de Castro
39800-166 Rua Doutor Alaor Lins
39800-163 Rua Francisco Soares de Sá
39800-171 Rua Hermann Schroeder
39800-152 Rua Ida Luz
39800-174 Rua João Figueiredo
39800-175 Rua Manoel Dantas
39800-148 Rua Pastor Hollerbach
39800-168 Rua Petrônio Mendes de Souza
39800-154 Rua Professor Joaquim Portugal
39800-164 Rua Quatro
39800-156 Rua Roberto Sander
39800-172 Rua Sebastião Ramos
39800-151 Rua Teodolino Pereira
39800-158 Travessa Ana Lehman
39800-150 Travessa Ema Kind
39800-157 Travessa José Pena
Fonte:

Histórico da Comunidade Evangélica de Teófilo Otoni https://www.luteranos.com.br/conteudo_organizacao/teofilo-otoni/historico-da-comunidade-evangelica-de-teofilo-otoni

QUEM FOI A “IRMÃ MARIA AMÁLIA”, QUE DEU O NOME A NOSSA ESCOLA http://marizetecajaiba-emima.blogspot.com/2013/04/quem-foi-irma-maria-amalia-que-deu-o.html