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História de Itaobim

Fundada em 30 de dezembro de 1962, a cidade que faz parte da microrregião de Pedra Azul, na mesorregião do Jequitinhonha, Itaobim tem um total de 679,024 km², com uma população de 19151 pessoas, sendo um município da região de influência da Capital Regional Teófilo Otoni, fazendo divisa com os municípios de Medina, Jequitinhonha, Ponto dos Volantes e Itinga, sendo os nascentes na cidade chamados de itaobinhense.

Itaobim-MG

Fundada em 30 de dezembro de 1962, a cidade que faz parte da microrregião de Pedra Azul, na mesorregião do Jequitinhonha, Itaobim tem um total de 679,024 km², com uma população de 19151 pessoas, sendo um município da região de influência da Capital Regional Teófilo Otoni, fazendo divisa com os municípios de Medina, Jequitinhonha, Ponto dos Volantes e Itinga, sendo os nascentes na cidade chamados de itaobinhense.

História de Itaobim

Desbravadores

José Fernandes Ribeiro, Clemente Fernandes Ribeiro, Manoel Fernandes Ribeiro, Joãozinho Fernandes, Clemente Moreira, Clemente José da Trindade, Pedro José da Trindade, Valdemar Batista Chaves, Alexandre Brito e outros, com os seus familiares, foram os pioneiros desbravadores do território do Arraial, depois distrito de São Roque, hoje município de Itaobim.

Sua ocupação cuja data não se pode precisar por circunstâncias das inundações sofridas nos anos de 1919 e 1928 que ocasionaram na perda de muita documentação histórica.

Presume-se que na década de 10, século XX, formado por pessoas vindas do nordeste brasileiro, na sua maioria baianos que fugiam da seca, surge o povoado de São Roque, localizado entre o rio Jequitinhonha e o ribeirão São Roque. Segundo relatos, o local foi escolhido por possuir terra fértil e plana, propícia à agricultura e à pecuária.

José Fernandes Ribeiro, fundador de Itaobim

Criação do Distrito

Em 1913 existia o povoado de São Roque, que no princípio daquele ano fora elevado à categoria de distrito. Poucas dezenas de casas localizadas na foz do ribeirão São Roque (à margem esquerda do rio Jequitinhonha) abrigaram uma pequena população, que julgando feliz na tranqüilidade absoluta dos domínios da quietude, vegetava sem ambições em um ambiente taciturno e calmo, comum e próprio do império da monotonia.

Inundações de 1919 e 1928

Em 1919 a 19 de janeiro, o Jequitinhonha, ameaçou destruir a pequena povoação e houve naquela época a primeira inundação que tornou-se comentada na história do vilarejo, pelo dano causado, deixando ainda em determinados pontos a marca da altura atingida pelas águas.

Acreditando que não ocorreria outra enchente, as casas fora reconstruidas, e em janeiro de 1928, o Rio Jequitinhonha arrasou o distrito de Itaobim. Os habitantes, fugindo da fúria do grande rio, foram construir suas novas moradias logo acima do Porto do Cieba, nas proximidades das casas construídas pelos irmãos José Fernandes Ribeiro (Juca Fernandes) e Clemente Fernandes Ribeiro, que haviam saído do Distrito antes da enchente. Ali naquele local, hoje denominado Praça Max Machado, nascia a nova Itaobim.

Hoje em dia não é mais possível acontecer uma nova enchente, devido a construção da Usina Hidrelétrica de Irapé, finalizada em 2006.

Irmãos Fernandes

Embora na história oficial destaque os irmãos José Fernandes Ribeiro (Juca Fernandes) e Clemente Fernandes Ribeiro, existe um terceiro João Fernandes (Joãozinho Fernandes). Na obra "Imagens e memórias de Itaobim" (2013), a sua neta, Amintas Fernandes dos Santos (Dona Preta) afirma que " [...] Eu só sei que quando teve uma enchente (mas era mãe que contava pra nós, não é?!) porque meu avô e meus tios foram os fundadores de Itaobim, os irmãos Fernandes. Sempre eles só falam de dois, mas meu avô fazia parte. São três. Eles foram fundadores de Itaobim."

Porto do Cieba

Antes da construção da ponte em 1947, todo comércio era feito pelo rio, no porto do Cieba. No início as canoas viam de Araçuaí trazendo sacos com cereais, rapadura, (pois açúcar era muito difícil), feijão, farinha, toucinho (usado como óleo). A chegada das canoas era um atrativo, ao ver de 10 a 30 canoas chegando, uma atrás da outra, segundo relatos eles viam cantando rio abaixo. Na chegada a população já se aproxima, enquanto os vendeiros colocavam seus poucos produtos em barraquinhas para ser realizada as compras.

Assim como em outras cidades com rio, antes de existir água encanada, era necessário buscar água no rio, as pessoas mais pobres recebiam para fazer a lavagem de roupas e/ou vasilhas. Na lavagem das roupas era comum as cantorias enquanto se batia as roupas nas pedras.

Segundo Rubem Hod, em entrevista concedida ao livro “Imagens e memórias de Itaobim”, “[...] Energia, por exemplo, foi na época que tinha um padre aqui, Padre Zé Sampaio. Começou a Usina Elétrica. Nós tínhamos uma energia que ela desligava todos os dias umas 23 horas, no máximo.”

Criação do Município de Itaobim

No dia 17 de dezembro de 1938, através do Decreto Lei nº 148, o Distrito de Itaobim desmembrou-se do município de Araçuaí, passando a pertencer ao município de Medina.

No dia 30 de dezembro de 1962, graças à luta do itaobinhense Afonso Martins da Silva, então prefeito de Medina, o governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, assina a lei nº 2764, que eleva Itaobim à categoria de cidade.

Origem do Nome

Itaobim, que na língua Tupi significa Itá = Pedra Oby = Verde. Esse topônimo foi escolhido pelos munícipes em razão de haver, nas cercanias da cidade, uma serra formada de pedras com tonalidade verde.

Formação Administrativa

1911

O povoado de São Roque se consolida e passa a ser distrito;

1919

Ocorre a primeira enchente que se tem notícia na região;

1923

Mudança do nome de São Roque para Itaobim;

1929

O povoado é destruído por mais uma enchente, restando apenas a igreja de São Roque.

1938

No dia 17 de dezembro de 1938, através do Decreto Lei nº 148, o Distrito de Itaobim desmembrou-se do município de Araçuaí, passando a pertencer ao município de Medina. Pelo mesmo decreto é criado o distrito de Santana do Arassuí, com terras desmembradas do distrito de Itaobim, e anexado ao município de Arassuaí.

1962

No dia 30 de dezembro de 1962, graças à luta do itaobinhense Afonso Martins da Silva, então prefeito de Medina, o governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, assina a lei nº 2764, que eleva Itaobim à categoria de cidade.

1945

Inicia-se a construção da BR-116;

1947

Ergueu-se a ponte com 333 metros para transpor o rio Jequitinhonha (transposição antes feita com balsas);

1962

Mais precisamente em 30 de dezembro de 1962, por intermédio de Afonso Martins da Silva, Itaobim passa a categoria de cidade;

1966

A cidade sai da escuridão com a chegada da energia elétrica;

1979

Itaobim começa a receber o abastecimento de água

Bandeira e Brasão

Geografia

População

Pelo censo do IBGE de 2010, o município contabilizava 21001 habitantes, já no censo de 2022, 19151 habitantes, uma queda de 8,81%, com uma densidade demográfica de 28.19 hab./km²

Aspectos Naturais

Clima: Vitorino (2007), afirma que o município de Itaobim está na zona de clima Tropical Brasil Central, apresentando um clima quente, semi-árido com 6 a 8 meses secos.

Temperatura: O município é conhecido pelo clima ensolarado o ano todo, com temperatura média anual de 24º. A temperatura média no verão é de 31,1 Cº e 19,3 Cº no inverno; a umidade relativa do ar apresenta uma média de 71%, com pressão atmosférica de 1011 hPa. O inverno é seco e o verão chuvoso. Desde setembro de 2007 a menor temperatura registrada em Itaobim foi de 7,3 °C em 20 de maio de 2022 e a maior atingiu 42,5 °C em outubro de 2020.

Bioma: Bioma único, poís se encontra em uma área de transição, com resquícios de Mata Atlântica, Cerrado nas Chapadas, e Caatinga nos lajedos.

Hidrografia: Rio Jequitinhonha, Ribeirão São João (na porção sul do território) e São Roque (na porção norte do território), Córrego Novo etc

Índice Médio Pluviométrico Anual: Índice pluviométrico médio anual está menor que 800 mm anuais. Contudo o regime de chuvas é muito instável, enquanto em 2015 no ano todo, choveu apenas 287 milímetros, somente em dezembro de 2021 a chuva foi 642 mm.

Vegetação: Capoeira (gramíneas e arbustos), plantas suculentas como cactáceas, algumas árvores nativas da Mata Atlântica.

Fauna: Mocó, Sagui, Preá, Calango, Cobras, Aracnídeos, Pássaros, insetos como Abelhas e Marimbondos.

Relevo: formações de chapada e mares de morros, planalto extremamente antigo já bastante erodido, predominantemente ondulado (65%), com a feição montanhosa (20%) e plana (15%).

Altitude Máxima: 920 metros, em uma pedra ainda sem nome, entre Córrego de Areia I, e Sul-América e Tuparecê.

Altitude Mínima: Quase todo o leito do rio em território itaobinhense, tem duas altimetrias apenas: entre 240 m (no limite com o município de Jequitinhonha) e 260 a partir da Ilha do Bento até o Pasmado.

Acervo Pessoal de Benício Gusmão Jr. - Andarilho Gusmão Jr

Economia

Em 2020 Itaobim apresentou um PIB per capta de R$ 13.129,02, segundo dados do IBGE (2022). Os recursos econômicos da cidade baseiam-se, principalmente, em comércio, serviços públicos e indústrias, além de transportadoras, atividades agrícolas e agropecuárias. O turismo ainda se apresenta como uma atividade inicial com grande potencial para desenvolvimento e expansão no município

O comércio e serviços públicos são segmentos bastante desenvolvidos e diversos, desde confecções, calçados, serviços especializados, materiais de construção e muitos outros que atuam diretamente no fomento à economia local.

Em Itaobim temos algumas indústrias, tais como: distribuição de bebidas, produção de cerâmicas, plantio de eucalipto e em decorrência da localização geográfica privilegiada da cidade, que é entrecortada por 02 (duas) rodovias federais, essas indústrias fazem o abastecimento de produtos não apenas a nível local, mas também regional.

Na agricultura, se destaca a produção de manga (orgânica) e a produção de banana, que são exportados para o CEASA, (que é uma central de abastecimento) em capitais como Belo Horizonte/MG, Rio de Janeiro/RJ e Vitória/ES, assim como o mercado regional em cidades como Ipatinga/MG e Governador Valadares/MG.

A agropecuária, ainda que não seja a principal base econômica da cidade, contribui através da produção de leite e seus derivados.

Impostômetro | Arrecadação de Impostos 2019 a 2022:

2019: 2020: 2021: 2022:
3.220.625 7.782.555 3.480.435 3.880.335
PIB per capita 13.129,02 R$ [2020]
Receitas de Fontes Externas 89,4 % [2015]
IDHM 0,629 [2010]

Educação

Escolas na Zona Rural Em do São João, Em Marechal Floriano, Em Presidente Médici, Em São Geraldo, Centro De Educação Infantil Menino Jesus Privada, Escola Família Agrícola Bontempo Privada

Escolas na Zona Urbana EE Chaves Ribeiro, EE de Itaobim, EE Irmãos Fernandes, EE Professora Deys Lopes Jardim, CMEI Manoelina Fernandes, CMEI Santa Clara, EM Avery Chalub, EM Olyntho Rodrigues Cardoso, EM Pedra Verde, EM Professor Manoel Viana De Souza, EM Professor Sebastião Soares De Carvalho, Centro Educacional Crescer Feliz (privada), ITEP - Instituto Técnico Educacional Polivalente De Itaobim (privada).

Escolarização de 6 a 14 anos 98,7 % [2010]
IDEB – Anos iniciais do E.F 5,1 [2021]
IDEB – Anos finais do E.F 4,6 [2021]
Escolas: E.F 14 escolas [2021]
Escolas: E. Médio 3 escolas [2021]

Cultura

Datas Comemorativas, Festas Tradicionais e Festivais

>Boi de Janeiro (Janeiro), Festivales, Virada Cultural, Festa do Padroeiro São Roque (Agosto), Festa da Manga (Novembro), Festa de Aniversário (Dezembro).

Relação de Bens Protegidos pelo Município, pela União ou pelo Estado

Igreja de São Roque B. Comércio Velho
Imagem de São João R. Principal - Comunidade de São João Grande
Boi Janeiro de Maria Trovão
Conj Paisag. da bacia do rio Jequitinhonha (Proteção Estadual)
Arte em Barro do Jequitinhonha (Proteção Estadual)
Roda de Capoeira e/ou Ofício de Mestre da Capoeira (Proteção Federal)

Patrimônio Cultural

Igreja de São Roque: Primeira igreja de Itaobim, localizada no Bairro Comércio Velho.

Igreja de São João: localizada na Comunidade de São João Grande.

Folclore e Tradição: Padroeiro São Roque, Boi Janeiro de Maria Trovão: e Folia de Reis

Turismo

Turismo Histórico-Cultural: Museu de Arte e Cultura Mestre Canjira, Casa de Cultura de Itaobim (Primeira Casa), Parque de Exposições, Feira Livre de Itaobim (Praça Waldemar Batista), Mercado Público, Biblioteca Sesi, Estádio Municipal, Quadra de Esportes.

Turismo Histórico-Cultural (Igrejas Urbanas): Matriz da Paróquia de São Roque, Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, Igreja de São Bráz, Santuário de São Roque, Igreja de Nossa Senhora Aparecida, Igreja de São Cristóvão, Igreja de Santo Antônio, Igreja de Santa Izabel. Veja Mais em Rota das Igrejas

Turismo Histórico-Cultural (Praças): Praça Afonso Martins - da Silva (Praça Central), Praça Tiradentes, Praça Vila Nova, Praça Waldemar Batista e Praça Marques Machado (após as enchentes a cidade renasceu aqui, onde hoje existe uma quadra).

Folclore e Tradição: Boi de Janeiro, Folia de Reis.

Festas: Virada Cultural, Festa do Padroeiro São Roque, Festa da Manga, Festa de Aniversário.

Ecoturismo: Pedra da Conquista, Pedra do Frade (Olhos d’Água), Pedra da Velha (Córrego de Areia), Pedra da Coruja, Chapada dos Dantas (Olhos d’Água), Pedra do Macaco (União), Pedra do Mamute (Cilindro), Serra Amarela (São João), Serra de São Roque, Pedra do Jacaré, Trilha da Serrapilheira, Trilha do Pedregulho, Pedra de Contendas, Chapada do Brejo etc

Ecoturismo (Conjunto Paisagístico do rio Jequitinhonha):Rio Jequitinhonha, Ponte do Rio, Praia dos Canoeiros, Ilha do Bento, Praia do Ferreira, Parque Pedra Verde, Ilha de São Roque, Lajedos do Santuário e Praia da Pedra Polida.

Turismo Rural: - Cicloturismo

Turismo Científico: -

Turismo de Aventura:Acampamento, Pista de Bike/Motocross, Canoagem (canoa ou caiaque), Trekking, Escalada. Embora não tenha estrutura, existe o potencial de se praticar Rapel, Bungee jumping, paraquedismo.

Turismo de Esportes: Pista de Bike/Motocross

Turismo de Negócios: -

Turismo Gastronômico: -

Turismo Religioso: - Santuário de São Roque

Turismo de Lazer: - Itaobim Country Club e AABB

Esporte

A cidade conta com diversos locais para esportes coletivos: Campo do Cieba, Campo do Vila Nova, Poliesportivo do Esperança, Estádio Municipal José Adalberto Rodrigues de Oliveira (Caroção).

Projeto Futuros Talentos: com futsal e handebol no masculino, futsal, vôlei e handebol no feminino.

Futebol: Campeonato Municipal.

Futsal: O Cruzeiro de Itaobim disputou em 2022 o Campeonato Mineiro, sendo o único representante dos Vales Mucuri e Jequitinhonha, ficando em terceiro lugar.

Existe também competições regionais como a Copa Folha Regional, onde a seleção da cidade joga.

Torneio Municipal de Bairros, onde em 2023, o Centro venceu por 3x1 nos pênaltis, após o empate em 2x2 com o Bairro Esperança. A competição contou com 14 times em dois grupos.

Esportes na Natureza: Acampamento, Escalada em alguns locais, possibilidade de Voo livre na Chapada dos Dantas

Bairros, Distritos e Comunidades Rurais

Bairros de Itaobim

Lista dos 19 Bairros da cidade: Centro, Pampulha, Santa Helena, Guadalupe, Alvorada, Vila Nova, Vila São Roque (Comércio Velho), Esperança, São Cristóvão, Vila Rica, Alta Vista, São Jorge, Santo Antônio, Beira da Praia, Lajedo Grande, Amândio Ventura, Trevo, Estação da Luz e Distrito Industrial.

Comunidades Rurais

Algumas delas são: A. Bela Vista, Alambique, Atordoado, Açude Jatobá, Beira-Rio, Bela Vista, Brejo I, Brejo II, Brejo III, Cilindro, Contendas, Córrego da Onça, Córrego de Areia, Córrego de Areia II, Córrego do Sabão, Córrego Novo, E. dos Franca, Esplanada, Estreito, Faveiras, Faz. União, Flor de Minas, Fonte Nova, Fogueteiros, Ilha do Bento, Inhaúmas, Jatobá II, L. Grande, Não Me Deixa, Negreiros, Ólhos d'Água, Paraíso, Piabanha, Queimadão, S. João Grande, Santa Clara, São José, Sapucaia, Serra São Roque, Sobrado, Tapera.

Mapa da Cidade de Itaobim

Tempo na Cidade de Itaobim

Distâncias

Distância Entre Itaobim e Belo Horizonte:

Distância Entre Itaobim e Teófilo Otoni:

Distância Entre Itaobim e Almenara:

Distância Entre Itaobim e Araçuaí:

Distância Entre Itaobim e Capelinha:

Distância Entre Itaobim e Diamantina:

Distância Entre Itaobim e Pedra Azul:

Fonte: IBGE

Fonte: Fundação João Pinheiro

Fonte: Site da Prefeitura de Itaobim

Fonte: Iepha